Escrita Literária

CHEIA, um livro de Natália Zuccala

Se fosse possível remontar minha trajetória no mundo artístico, com certeza um dos pontos mais especiais, profundos e marcantes seriam as aulas de teatro na adolescência com Erika Bodstein e Valéria Marchi. No momento em que eu as conheci, achei também a minha turma. Queria morar – e talvez more -, no universo que elas habitavam: a criação artística. Não à toa, estrear na ELA com um curso sobre a escrita será um acontecimento muito especial para mim. Espero que possa ser também para meus alunos!

De atriz que escrevia escondida, na adolescência, passei à dramaturga, na juventude; em seguida, abri o campo para os contos, depois para o romance e até para a poesia. Na literatura, a inquietude que move meu trabalho parece remontar a um desejo de investigação criativa que eu aprendi no teatro. Um desejo de me enfiar nos meandros da realidade, de reagir ativamente a ela. Ainda são, e talvez sejam sempre, as vozes da Valéria e da Erika as que me estimulam a criar, a arriscar, a expandir os limites do conhecido, ao mesmo tempo em que me acolhem e me fazem sentir no lugar certo. Obrigada.

Hoje, tenho dois livros em prosa publicados. O primeiro deles, que saiu em 2017 pela Editora Patuá, chama-se “Todo mundo quer ver o morto” e trata-se de uma antologia de contos. O segundo, lançado há menos de um mês, é meu primeiro romance. Intitulado “Cheia”, ele doi publicado pela Urutau, pode ser adquirido no site da editora (https://editoraurutau.com/titulo/cheia).

Para falar mais sobre ele, prefiro passar a palavra para Carola Saavedra, que escreveu a seguinte orelha:

            Uma mulher chega a um restaurante com o marido, mas esquece que está com ele e pede mesa para um. O garçom a olha desconcertado, sem saber como agir. Mas logo em seguida, ao sentir a mão sobre o seu ombro, a memória volta a surgir; o marido, claro, está lá, esteve o tempo todo. Como ela pode esquecer? Assim começa Cheia, primeiro romance de Natália Zuccala, que nos puxa para dentro da história com a segurança de quem vai muito além da técnica. Porque Natália escreve a contrapelo, feito abismo, feito vórtice.

            A memória de Amanda, a protagonista, se assemelha a um bordado intermitente, linhas que não fecham, palavras que se desfazem antes mesmo de emergir. E ela observa o mundo à sua volta como um detetive que investiga uma realidade incompreensível. A narrativa acompanha essa desagregação. Frases pela metade, pensamentos que não se realizam, algo que insiste. Porque, por trás da desmemória, há algo que precisa não ser dito, algo do âmbito do horror. E de repente, percebemos que Amanda é Amanda, mas também é todas as mulheres, e também somos nós. Não há saída além de acompanhar a personagem nesse mergulho, mesmo que intuamos que, do lado de lá, talvez não haja nada, só o horizonte infinito do silêncio.

Entre um livro e outro, uma pandemia que me levou a escrever uma série de contos sobre e em quarentena, publicados no site “Agora estou aqui” (www.agoraestouaqui.com). Como aprendi nas aulas de teatro, a arte é uma forma potente de se relacionar com o mundo. É inevitável que sejamos afetados pelo que ocorre ao nosso entorno, claro. Porém, com que instrumentos vamos lidar com aquilo que nos circunda? Como digerimos a realidade e de que forma atuamos nela? A literatura tem me permitido pensar sobre isso de uma maneira não apenas profunda, mas principalmente criativa, propositiva.

Nesse universo nasce o curso “Escrever aqui e agora”, que será ministrado na ELA no mês de setembro, do dia 09 ao 30, às quintas-feiras, das 19h00 às 21h00. Os alunos serão convidados a pensar e escrever literatura em fricção com a realidade. Para isso, não é preciso ter nenhum tipo de experiência prévia, apenas o desejo de estar ali. Para ler mais sobre a proposta, acesse o link https://escolalivredeartes.com.br/produto/escrita-literaria/

Que seja sempre possível retornar ao lugar de onde nunca saímos.

Evoé!

Natália Zuccala

Agosto, 2021

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